domingo, 25 de março de 2012

crise de dilma com aliados tem relação direto com o ano eleitoral

A rejeição do nome de Bernardo Figueiredo para ocupar o cargo de diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) pelos senadores, no último dia 7 de março, e o anúncio de que o PR (Partido da República) viraria oposição abalou as relações entre governo e aliados – principalmente no Senado. De acordo com o jornalista e comentarista da Band, Fernando Mitre, é importante lembrar que a crise tem relação direta com o ano eleitoral. “Este é um ponto importante – estamos em ano eleitoral. Os aliados nem sempre estarão do mesmo lado e vão querer aparecer para os eleitores mais do que nunca”, afirmou. Romero Jucá (PMDB-RR), quando ainda era líder do Senado, reconheceu que muitos senadores dos partidos que dão apoio à presidente Dilma estão insatisfeitos com a maneira como vêm sendo tratados pelo governo. Segundo ele, os aliados reclamam que não são recebidos pelos ministros e não têm suas demandas analisadas. Para Mitre, essa situação não é confortável para a presidente. “O governo está vivendo um momento difícil, não quer ficar refém dos aliados, está enfrentando as ações”, disse. Segundo ele, “a presidente tenta se esquivar desse esquema – cada partido quer mais e mais”. Segundo Jucá, porém, os líderes partidários levam permanentemente reclamações pontuais de suas bancadas, de parlamentares que não são recebidos por ministros. Há queixas também de que os telefonemas dados às autoridades não são retornados e que os pedidos de nomeações de cargos nos estados não são atendidos. Além disso, de acordo com o parlamentar, há uma certa demora no cumprimento de "questões orçamentárias”. Reconhecimento da crise O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), reconheceu no início do mês a crise com os aliados e afirmou que o PT está tentando fazer de tudo para esfriar estes problemas com os partidos da coligação. “A troca de líderes no Congresso é uma tentativa de esfriar a crise”, afirmou o jornalista Fernando Mitre. Segundo ele, porém, “é muito difícil para a Dilma uma articulação política neste momento”. Mesmo assim, Mitre é otimista. “em determinado momento o esquema pode ser derrotado, mas para isso Dilma ainda terá que acatar determinados interesses”.

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