

- Haddad tem que gastar sola de sapato. Além disso, as alianças farão
diferença. O restante é conhecer os problemas da cidade e conquistar a
militância.
Ninguém pode substituir e nem fazer isso pelo candidato.
Marta fez o comentário ao saber que o governo e o PT farão uma
força-tarefa para pressioná-la a entrar na campanha e auxiliar Haddad,
principalmente na periferia, conforme revelou o jornal O Estado de S.
Paulo na quarta-feira. Ministros conhecidos em São Paulo, como o titular
da Educação, Aloizio Mercadante - que concorreu ao governo paulista em
2010 -, e o da Saúde, Alexandre Padilha -, também serão escalados para
agendas.
Depois de ter sido obrigada a desistir da disputa na capital
paulista, Marta avaliou que o PT erra novamente ao lhe cobrar ajuda
agora, quando deveria procurar aliados, e alfinetou o candidato.
- Não se turbina uma candidatura com desespero, pressões e constrangimento, escreveu a senadora no Twitter.
Sem esconder a mágoa por ter sido excluída da disputa bem antes da
entrada do ex-governador José Serra (PSDB) no páreo, a ex-prefeita de
São Paulo (2001 a 2004) usou o microblog para dar o seu recado, abrindo
uma crise no PT.
- A tese de que qualquer candidato do PT tem assegurado 30% do
eleitorado não é totalmente verdadeira. O desafio principal do momento é
o de convencimento e costura do mais amplo leque de forças, que seja
capaz de derrotar o PSDB em São Paulo, insistiu no Twitter.
Desde 2000, os candidatos majoritários do PT à Prefeitura tiveram
votação de pelo menos 30% - incluindo, além de Marta, José Genoino e
Mercadante.
A reação de Marta foi uma resposta a declarações do ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para quem a
campanha em São Paulo não pode apostar todas as fichas na presença do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carvalho disse ainda que é
preciso "colar" Haddad na militância.
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