sábado, 27 de abril de 2013

Do Blog de Inaldo Sampaio "O PSB já definiu o discurso de 2014"


A julgar pelo seu programa nacional que foi ao ar anteontem à noite, em cadeia de rádio e televisão, o PSB já tem pronto o discurso com que pretende impulsionar a candidatura de Eduardo Campos a presidente da República em 2014: por um novo “pacto federativo”. Que distribua de forma mais justa, com estados e municípios, os impostos arrecadados pela União. O PSB parte do princípio de que o Brasil pode “fazer mais”, e melhor, como dizia José Serra na campanha de 2010.
O Partido citou vários exemplos de como as receitas federais em nosso país são mal rateadas. Em 1988, exemplificou, 76% de tudo que era arrecadado ficava com os estados e os municípios e apenas 24% nos cofres da União. Hoje, graças ao aumento da carga tributária e dos impostos não compartilhados com os entes federativos, essa relação se inverteu. A União concentra em seu caixa 64% de todos os impostos federais, cabendo apenas 36% desse bolo aos 27 estados e 5.668 municípios.
Seus líderes não deixam de reconhecer que nos últimos 30 anos o Brasil avançou muito nas áreas política, econômica e social. Conquistou a democracia no governo Sarney, a estabilidade econômica no governo FHC e avanços sociais no governo Lula. Mas entende também que o projeto de poder dos petistas teria se esgotado e que chegou a hora de dar um “passo adiante” para se fazer “mais e melhor”. Cabe agora traduzir para o eleitor pouco esclarecido o que é  “pacto federativo”.
O PSB é o legítimo herdeiro da “esquerda democrática”, disse Eduardo Campos no programa político do PSB, citando dois ícones do partido que já morreram:  o ex-deputado federal baiano e principal ideólogo da legenda, João Mangabeira, e o seu avô Miguel Arraes.

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