No PSDB, começa o movimento pela formação de uma chapa com dois tucanos: Aécio Neves, de Minas Gerais, e o ex-presidente Fernando Henrique, que puxaria votos do eleitorado paulista; no PSB, pré-candidato Eduardo Campos já sabe que ter como vice a recém-filiada Marina Silva duplica suas atuais intenções de voto; se a moda das chapas puros-sangues emplacar, PT pode tirar de suas cocheiras, ao mesmo tempo, dois campeões de votos: Dilma Rousseff como cabeça de chapa e o ex-presidente Lula como vice; essa corrida impensável pode mesmo ser disputada em 2014; façam suas apostas.
Considerado o político mais experiente em atividade no Brasil, o ex-presidente José Sarney tem uma tirada na ponta da língua a respeito das infinitas possibilidades que a atividade política oferece aos que buscam o poder.
- Besouro não voa, mas voa, diz Sarney, esgarçando seu bigode num sorriso.
Neste momento, o que parecia impossível até aqui, pode estar se materializando: as chapas puros-sangues entre os principais partidos políticos do Brasil. Uma onda que vai atingindo o PSDB e o PSB e pode chegar até os calcanhares do PT, arrastando o partido que está no poder para dentro dela também.
No PSDB, recupera fôlego a ideia de montar, para o pré-candidato Aécio Neves, a tão sonhada chapa leite com café, que uniria o mineiro a um candidato a vice-presidente de São Paulo
Como pai do Plano Real, que estabilizou a economia, FHC tem demonstrado grande capacidade de argumentação, defendendo em todos os foros as realizações de seu governo de oito anos (1995-2002). As chances dessa chapa empolgar a classe média não são pequenas.
No PSB, pesquisas já mostram ao presidenciável Eduardo Campos que foi, sim, uma ótima jogada ter trazido para as suas fileiras a ex-ministra Marina Silva. E que seria ainda mais produtivo eleitoralmente ter Marina ao seu lado como candidata a vice-presidente. Há contas que indicam que as intenções de voto de Campos dobrariam imediatamente.
E o PT, ficaria indiferente a essa moda para a estação eleitoral de 2014?
Pode ser que não. O partido da presidente Dilma Rousseff, apesar das gestões que ela própria tem feito, encontra dificuldades para aquietar o PMDB, seu principal aliado. O vice-presidente Michel Temer é o candidato natural a manter-se no posto, mas entraves regionais podem atrapalhar a concretização desse plano.
Outros impasses nos Estados dificultam a aliança – o que pode abrir as grades do partidor para ninguém menos que o ex-presidente Lula. Até para não ficar atrás, caso PSDB e PSB levem adiante suas chapas puros-sangues, o que, objetivamente, impediria o PT de colocar seus dois quadros mais competitivos – e líderes em todas as pesquisas de opinião – na corrida de 2014?
Uma chapa Dilma-Lula, nesse novo quadro, seria vista até com naturalidade, como resposta do PT aos movimentos corretos de seus adversários. Pela alta de chance de vitória que essa articulação poderia apresentar, compor com o PMDB não seria tarefa das mais difíceis.
Como se vê, agora que 2014 se avizinha, tudo ainda está por ser definido. E ter três chapas puros-sangues concorrendo entre si não é mais nenhuma hipótese sobrenatural, mas, ao contrário, trata-se do debate do momento.
Façam suas apostas
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