do portal Pernambuco 247
A decisão em torno da reeleição de Jarbas ao Senado já era defendida abertamente pela executiva estadual desde que começaram as discussões sobre as eleições de outubro. Nesta linha, o deputado federal Raul Henry observa que não há motivos para o PMDB “cogitar” algum outro posto na chapa majoritária, que deverá ser formada em aliança com o PSB. “Nossa decisão aqui é clara e a defendemos publicamente no encontro em Vitória de Santo Antão [realizado no fim do ano passado]“, ressaltou Henry, segundo o Blog do Jamildo.
Caso houvesse uma confirmação do nome do deputado para ser o vice na chapa socialista, Jarbas teria que abrir mão de sua reeleição ao Senado para tentar uma vaga das 25 vagas destinadas a Pernambuco na Câmara Federal, já que não haveria espaço para dois peemedebistas na chapa majoritária.
“O partido não pode nem aceitar imposições, nem se submeter a uma situação que não seja vantajosa para o nosso representante que disputa a reeleição”, declarou o presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio. Ele disse, ainda, não acreditar que a direção nacional possa fazer algum tipo de intervenção para evitar uma aliança com o PSB em Pernambuco, uma vez que a legenda integra a base governista e está fechada em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em nível nacional.
Resta saber como o PSB reagirá a decisão tomada pelo diretório do PMDB pernambucano. Jarbas reatou recentemente o contato com o governador e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, após anos de afastamento. A legenda, que já foi uma das maiores forças políticas de Pernambuco, possui atualmente apenas três deputados estaduais, um deputado federal e um senador.
Como o governador tem pelo menos cinco correligionários a espera de um deles ser o escolhido para encabeçar a sucessão estadual pelo PSB, existe o receio de que Campos acabe optando por lançar um socialista na disputa pelo Senado. Neste caso, o nome mais cotado seria o do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, caso este seja preterido para suceder o governador. Agora será necessário aguardar para ver qual será o peso que a posição tomada em torno da reeleição e de entregar o comando das decisões sobre as alianças estaduais nas mãos de Jarbas Vasconcelos terá sobre a decisão de Campos em relação à disputa estadual e na formação da chapa majoritária.
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