Em Serra Talhada mesmo o governador Eduardo Campos chamou Armando (seu aliado em 2010) de patrão, no sentido pejorativo, lembrando a antiga luta entre o capital e o trabalho, o chefe e o empregado. Ao falar do seu candidato, Paulo Câmara, o líder socialista procurou mostrar que ele, como um trabalhador, cresceu por mérito próprio, sem ajuda de um pai ou de pistolão.
Quem reagiu a esse discurso do governador foi o pré-candidato a deputado estadual pelo PTB, o advogado Washington Cadete, de São Bento do Una.
“É impressionante a conduta do governador. Diz que representa a nova política, pretende se rotular do novo e pratica a velha política da discussão de classes, velha e superada”, criticou o advogado.
Washington Cadete avalia que Eduardo Campos nasceu em berço de ouro. “É neto de Miguel Arraes, começou a fazer política e se fez na política nos calcanhares do avô, tendo o aval deste nos cargos que assumiu e quando foi candidato as primeiras vezes”, frisou o ex-vereador de São Bento do Una.
Para o pré-candidato petebista, Eduardo Campos quer fazer os pernambucanos de tolos. “Miguel Arraes, seu avô, foi aliado do usineiro Antônio Farias, se elegeu governador em 1986 com seu apoio financeiro e o ajudou a se eleger senador”, rememorou.
Cadete assegura que Armando Monteiro e o seu pai sempre tiveram posições firmes e progressistas. “Armando é sócio de empresas e não dono de usina, como pretende o governador. Esta cantilena não vai prosperar, Pernambuco e o Brasil já superou esta velha discussão. pretendemos uma campanha discutindo o desenvolvimento de Pernambuco, o futuro do estado”, argumentou.
Washington acha que na falta de argumentos, na pretensão de se apresentar como novo, Eduardo se volta para a velha política, a prática arcaica que dominou Pernambuco na época dos coronéis.
“Eduardo Campos deve sua carreira política ao avô Miguel Arraes e a Lula que o fez Ministro e o ajudou a vencer as eleições em Pernambuco. Ele recebeu todo o apoio dos governos Lula e Dilma e, em um momento de devaneios, abandonou os aliados que sempre elogiou, defendeu, e se aliou ao velho Democratas (DEM) e ao PSDB. Este discurso não tem consistência, é velho e superado e não vai enganar o povo de Pernambuco”, concluiu Cadete.
do blog de Roberto Almeida
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